A energia solar viveu um ano histórico em 2021, com recordes na expansão da fonte por todo o Brasil. De janeiro a dezembro, foram acrescentados mais de 3,5 GW de potência instalada em residências, fachadas e pequenos terrenos, segundo dados da ANEEL.
Trata-se de um recorde histórico, o qual superou com folga os 2,68 GW contabilizados em 2020. Isso ajudou o setor a alcançar a marca de 8,26 GW de potência instalada, desde o início da operação da fonte (energia solar) no Brasil.
A capacidade dos painéis fotovoltaicos instalados pelos consumidores saltou de 5 gigawatts em abril de 2021 para 10 gigawatts em 2022.
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e da Agência Nacional de Energia Elétricas (Aneel) estimam que os investimentos e a geração de empregos no setor de geração própria de energia solar também seguem a mesma curva de crescimento.
Em abril de 2021, os recursos aportados eram da ordem de R$ 24 bilhões, com cerca de 150 mil postos de trabalho ativos. Já neste mês, os aportes acumulados atingiram R$ 52 bilhões e mais de 300 mil empregos gerados desde 2012.
Segundo o levantamento, o Brasil adicionou em 2021 aproximadamente 5,7 gigawatts (GW) de capacidade a partir de usinas de geração solar, considerando tanto sistemas de geração própria em residências e empresas como grandes empreendimentos conectados ao SIN (Sistema Interligado Nacional). Considerando esse volume, o país ficou atrás da China, que acrescentou 52,9 GW; dos Estados Unidos, com 19,9 GW adicionados; da Índia, com expansão de 10,3 GW.
Em relação à capacidade total de geração solar dos países, o Brasil subiu uma posição no ranking global, para a 13ª colocação. Segundo a Absolar, o país encerrou o ano passado com mais de 13,6 GW de potência operacional da fonte solar.
Segundo a ABSOLAR, os sistemas solares no Brasil já representam mais de 70% de toda a potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo e a maior da América Latina.
De janeiro a dezembro, todo o volume acumulado também se refletiu na expansão da energia solar na matriz energética nacional, deixando de ser a sétima maior fonte de geração energética do país para se tornar a sexta maior, com participação de 2,4%. Em janeiro, o percentual era de 1,6%.
Em 2021, o Brasil também entrou para o grupo de 15 países líderes em capacidade instalada de energia solar no mundo:
“O ano de 2021 foi histórico e de recordes para o setor de energia solar no Brasil. Foi o ano em que o país mais atraiu investimentos e mais gerou empregos.” – de acordo com o canal Solar.
De acordo com essa entidade, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 74,6 bilhões em novos investimentos, R$ 20,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 420 mil empregos acumulados, desde 2012.
Com o crescimento desse tipo de energia, não podemos deixar de analisar a exposição e os prejuízos que podem decorrer dos riscos desse negócio.
São diversas as preocupações que envolvem esse tipo de atividade – desde a fabricação, transporte, instalação e montagem, bem como a operação. Sabemos do alto investimento nos equipamentos fotovoltaicos, além da vulnerabilidade frente aos imprevistos que os fatores externos podem causar.
Embora pouco frequente, a manutenção do painel solar, do inversor e de todo o sistema fotovoltaico é indispensável para garantir o bom funcionamento e longa durabilidade dos equipamentos, minimizar as perdas de geração elétrica e maximizar os ganhos financeiros com a tecnologia.
Afinal, os componentes de um sistema fotovoltaico estão sujeitos ao desgaste natural assim como qualquer outro equipamento, especialmente as placas solares, que ficam expostas às mais diversas condições climáticas e ao acúmulo de sujeira.
Sem a manutenção periódica de limpeza, as placas solares podem apresentar, em pouco tempo, perda significativa na geração. No longo prazo, a falta de manutenção técnica pode acelerar a deterioração dos equipamentos fotovoltaicos, resultando em falhas ou até perdas deles e em maiores gastos com uma manutenção corretiva.
A manutenção preventiva do sistema de energia solar engloba a limpeza periódica das placas solares, a higienização do inversor e uma inspeção completa de todos os componentes elétricos (módulos, inversor, string box e conectores) e mecânicos (suportes e estrutura de fixação) para otimizar o desempenho, identificar/reparar danos e prolongar a vida útil dos equipamentos.
Não é apenas algo inovador para o mercado de energia brasileiro, mas também para o mercado segurador que – aos poucos – vai entendendo dos riscos do negócio para prover melhores soluções na transferência de risco.
Como uma tecnologia relativamente nova, a energia fotovoltaica requer equipamentos de qualidade e mão de obra capacitada para fazer uma correta instalação e manutenção.
São peças que possuem garantias de 10, 12 anos, mas, para um bom funcionamento durante esse período, precisam ser instaladas corretamente, como pedem os fabricantes. Por isso, na hora de contratar, o consumidor deve observar questões como as referências da empresa no mercado, registro do INMETRO nos equipamentos e a presença de técnicos especializados na prestação do serviço.
Como toda nova atividade, os produtos de seguros voltados a essa atividade dependem do aperfeiçoamento e da adequação à operação de cada cliente.
Com essa finalidade, vivenciamos a experiência adquirida na particularidade da operação de cada cliente, de modo a entregar a melhor solução.
Os seguros garantem ao segurado indenização por prejuízos decorrentes de danos causados ao equipamento, conforme os riscos previstos nas coberturas. Há cobertura para todo o sistema: placas, inversor, estrutura e elétrica.
Por fim, apesar de todo o benefício da energia solar (incluindo baixos custos e política ambientalmente correta), o seguro é proteção diante de quaisquer adversidades que possam surgir.
Artigo escrito por Carolina Pirajá, Partner da APR Seguros e Alfredo Chaia, Consultor estratégico da Risk Veritas.
Fontes: Canal Solar e Revista Apólice